quando éramos só nós dois

já estamos a treinar os dois dedos para quando fizeres dois anos e de repente lembro-me que o manel era mais novo que isso quando nasceu o zé.

Era pequenino, portava-se tão bem, como porta hoje mas ainda melhor. Passamos o verão juntos porque fiquei de baixa no ultimo mês de gravidez porque ele estava crescer pouco. Foram dias óptimos, de barrigão mas na praia com amigos e famelga que estavam de férias nessa altura. Mimei o manel o mais que podia a pensar que depois ia ter menos tempo.

Ele lá andava todo contente no meio dos primos e cheio de mãe de pai.
Eu ficava na praia e ele ia dormir a sesta a casa e não chateava, lá ia ele quase sem olhar para trás.
Tinha vergonha dos da idade dele, menos dos primos. Achava-se enorme como todos se acham quando estão no meio deles.
Adorava escolher os kits que lhe vestia, levei para ele uma mala maior que a minha. Tinha tempo e brincar às bonecas com bebés de verdade é um sonho tornado realidade.
Comia de tudo sem grandes chatices e nesse verão dormiu pela primeira vez numa cama sem grades, dormiu no beliche com os primos. Ainda bebia leite a meio da noite porque lhe ensinei o sistema de self service noturno e ele gosto tanto que ficou viciado. Aprendi e não repito.
Piscina só gostava ao colo de alguém mas mar sempre foi a loucura. Nesse verão tomou imensos banhos de mangueira ou no duche frio da piscina.
Era um trapalhão de primeira a falar, não sei o que já dizia mas não era muito. tinha coisas que só nós percebíamos, como todos bebés. Era a coisa mais querida, ainda é.

Foi um verão perfeito.
Horas antes do zé nascer eu chorava que nem uma madalena a pensar que nunca mais íamos ser só nós dois (três) e que ele ia ter de dividir a mãe sendo tão pequenino.
As hormonas não ajudam claramente, mas agora a escrever isto chorei outra vez, apesar de saber que irmãos são a melhor coisa da vida, dividir a mãe/filho custa. E se a mim custou-me.


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