A festa do António

Há dias que o manel fala nela, a festa do António.
Ontem chegou a casa todo contente porque era já amanhã e num jardim. Se puxasse muito por ele saltava a morada e tudo.
E nós não sabiamos se íamos estar cá. Ele sabe tudo e eu ainda nem respondi à mãe do António, vergonha.

Acordou às 7h a perguntar que presente iamos dar ao António. Temos um armazém de presentes em casa, compro ao ano os melhores de todos e depois vamos escolhendo. Discutimos harmoniosamente o que o António gostaria mais e sendo que não há skylanders no esconderijo uma bola-com-balão-de-água-bomba-relógio parece-me o mais giro para o António. Ele concorda e lá mete o rabo debaixo do sofá para ir pescar a bola. Pergunta pelo papel e embrulha com a ajuda da mana. Escrevem o nome e tudo. 

Passam minutos e continua nervoso porque os minutos não passam. A mana empresta o relógio para ele saber quando são 3. Três-zero-zero sabe bem e mesmo assim nunca mais chega.
Explicamos que é algures depois do almoço e come tudo a correr. Deixa cair sumo e fica em pânico de ter sujado os calções, não pode ir sujo para a festa do António. E depois lá se secou.
Continua o nervoso miudinho. O António não é dos pequeninos mãe, o António faz seis anos! Ainda pensa em voz alta que nós também podemos ir se quisermos, ele pede ao António e ele de certeza deixa.

Está quase e vai calçar os sapatos e lavar os dentes. Aparece com o relógio às três-zero-zero ao minuto e está na hora mãe. Notícia digna de anunciar e vai a correr dizer à tânia e ao pai. Uma excitação misturada de nervos, uma delícia.

Lá vamos nós. Não era este o programa de hoje mas como faltar à festa do António?! Impossível!

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