À espera sentado ou em todo o lado

Nestes dias que têm passado tudo o que queres é estar ao pé dela e é quase tudo o que não podes fazer. As visitas são ao 12h, 16h e 19h duram meia hora, 15 minutos para cada um, sendo que vamos sempre dois. O resto do dia é esperar. Entre o pai e os meus irmãos e os irmãos da mãe calha uma visita a cada. Quando me calha a vez corro que nem puto a com o toque do recreio e deixo sempre passar uns minutos do tempo por achar que foi tempo a menos, todos os meus colegas de carteira acham o mesmo. À hora da visita que não estás, estejas onde estiver o mundo para e ficas a contar os minutos para acabar e ligar a saber como foi. Digerimos cada palavra a espremer todas as boas notícias que graças a Deus tem havido muitas. E depois o dia continua. Os primeiros dias íamos todos e ficávamos à porta que nem ciganos, depois iam só os dois felizardos e ficávamos em casa a espera e nesta última fase, para sanidade de todos, começamos a esperar por notícias na praia junto ao mar. Não quer dizer que o corpo ali esteja mas pelo menos os miúdos correm e as vistas são dinâmicas.

Já conhecemos os vizinhos de camas é também já perguntamos pelo status de cada um. Histórias imprevistas como a nossa, pessoas preocupadas como nós e vamos seguindo juntos, lado a lado.

Hoje a mãe tá pronta para descer e dar um passo em frente. Estamos delirantes de poder ficar mais perto mais tempo e dar menos mergulhos no mar. Esse pelo qual ansiamos o ano inteiro mas agora não parece tão apetecível como outras companhias.

Tem sido isto. E tem sido muito.

[Obrigada a todos pelo apoio]


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