9/27/2017

A festa da vida da Carolina e a energia contagiante da super Ana

Conheci a Ana numa das primeiras semanas deste projecto das festas. Ela foi uma das pessoas que me enviou mensagem a dizer que queria ajudar, e uma das que eu aleatoriamente perguntei se queria ajudar na organização de tudo. Para perceber o nível de empenho combinei reunião para uns dias a seguir à noite em minha casa: quem pudesse ir ficava. Ela não podia mas cheia de convicção pediu-me para em alternativa eu combinar com ela qualquer outra hora ou qualquer outro dia que ela vinha e fazia. Não queria ceder na minha regra de empenho mas o empenho na persuasão convenceu-me e combinamos almoçar.

Chegou a hora e tudo o que menos me apetecia era descer, no meio dum dia caótico de trabalho, e almoçar com alguém que eu não conhecia de lado nenhum e motivar para um projecto para o qual eu me sentia completamente sem energia. Mas ela chegou, ligou e eu desci. Tinha um ar meio hippie alternativo com cabelo curtinho e roupa larga, tudo bem, bom coração é o critério.


Decidimos almoçar num vegetariano e comecei o almoço a abrir a falar-lhe do que tinha pensado e disto e daquilo. Ela alinhou na perfeição e parecia ter as mesmas ideias e soluções. Perfeito, tava a correr bem.
Quase no fim do almoço disse-me que já agora me contava um bocadinho da sua vida e senti-me a pessoa mais estúpida por nem ter perguntado. Fonix tava mesmo cansada pensei eu. Então ela começou e contou que tinha tirado assistência social mas nunca tinha exercido, que sempre gostou de boas causas mas tinha acabado por nunca ter conseguido fazer muito voluntariado. Trabalhava muito há um ano, trabalhava demais e sentiu que não dedicava tempo suficiente aos filhos e família e por isso quase dum dia para o outro se tinha despedido. Trabalhava numa empresa boa mas queria uma melhor vida. Uma semana depois de se ter despedido foi ao médico e descobriu que tava doente, tinha um cancro da mama. Por ser nova passou por um tratamento super intensivo e muito duro, que estava quase no fim mas não tinha ainda acabado. 
[estava esbugalhada a absorver tudo isto]
Ainda a semana passada tinha sido submetida a uma operação e por isso, por uma cena de rotina não podia naquele dia à noite como sugeri. Mas queria mesmo muito fazer parte do projeto porque algures no caminho das pedras por que passou tava mal, deitada no sofá quando se apercebeu que dificilmente conseguiria organizar a festa dos 3 anos da filha mais velha. Pais, Tios e amigas dividiram-se entre tarefas, listas de compras e decorações e organizaram um festão de casa cheia para a sua querida filha que ficou feliz da vida com ao balões, pipocas, gomas e tudo o que uma festa tem direito. Foi uma verdadeira emoção e por saber isso ela queria muito fazer parte deste projeto. Ela sentiu mesmo a importância de uma festa de celebrar uma vida.

Emocionada com isto tudo fiquei eu. Fonix uma ideia minha quase sem expressão tinha imenso significado para outra pessoa, e quem era eu para reclamar de não ter energia?! A Ana tava ali a recuperar e tinha toda uma garra para arrancar com tudo, eu tinha mais era que ter também.

Obrigada Ana, nem sabes a energia que me deste nesse dia algures em maio ou junho.

Desde esse dia tem acompanhado de perto todas as organizações e sábado chegou o dia de ser ela a fazer magia. Fez a festa da Carolina que fez 18 anos e queria uma coisa de princesa. Nós levamos as princesas a sério e a Carolina, por tudo o que tem passado com sucesso, teve direito a um barco encantado com vista para a noite na cidade. Teve um jantar à seria oferecido pelo Go natural, e um bolo com a cara dela e da irmã oferecido pela bake a cake e o perfume que ela escolheu sem saber.


Obrigada querida Ana por teres proporcionado um dos melhores dias da vida da Carolina, diz ela. Obrigada Kuri brothers. Obrigada Go Natural. Obrigada bake a cake.











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