7/29/2015
Praha em três dias
7/28/2015
Pseudo post excepcional
Já à mesa, com aqueles pequenos almoços que fazem lembrar os verões da minha infância - não assim tão pouco próxima mas claramente longínqua, os assuntos (como o pão) não param de chegar. De tudo se fala e do melhor se come. Pareço mais envergonhada do que sou, a verdade é que se abrir a boca mais do que o essencial vão achar que ontem à noite virei 10 bagaços, juro que estou só constipada e acordo assim. Estes eventos em família Amada sabem sempre bem, sentimo-nos novos e ao mesmo tempo mobília. Foi óptimo, a Tanica sempre presente nas suas coisas mas sem nunca falhar a atenção no meu bem estar. Falamos como os comuns mortais mas também por telepatia e linguagem gestual, à nossa maneira. Ela é assim, boa demais para ser verdade.
Depois de irmos reciclar o "lixo-todo-de-uma-vez" com o Joca, e de termos perfumado (e acabado com qualquer ser vivo d)o caminho até ao ecoponto, fomos para a piscina com o Né. Altura crucial em que o Né percebeu que na frase do dia anterior "A Tania vai-se embora amanhã" o amanhã já era hoje. Até aqui, amanhã era uma palavra simples que falava de um dia que está perdido no futuro para sempre. Estava óptima... a temperatura cá fora! Mas o Né estava numa de mergulhar logo e de nos mostrar os seus mais novos kits de natação profissional. A Tanica não estava para aí virada, vai daí que o Américo talhante, que tem mais camadas adiposas, tem maior responsabilidade de se mostrar destemido frente aos -2°C da água. Foi a loucura, ainda não disse aos Amados mas com tanto amor geraram um mini Phelps. Entretanto chega a avó Rita (que a minha mãe nos Crismas achou que era irmã da Rosa) com um almoço digno de estrela para o Né. E nós, famintas de um extreme make over, roubámos uma tesoura para me cortar o cabelo. Estava enorme, fraco, rasca. À primeira, comigo a orientar o projecto, consegui que ficasse pior ainda mas depois a Tanica tomou as redeas do salon e domou a fera, já não sou a Lena nem o Hagrid, sou a Madalena e estou pronta para o verão. Conseguimos apanhar o cabelo a muito custo, para não desconfiarem do roubo da tesoura da cozinha. Se entretanto os Amados encontrarem cabelos na comida, não culpem a cozinheira...
Aproveitámos mais um bocado de piscina, almoçámos com tempo, despedimo-nos dos primeiros, fizemos as malas, despedimo-nos dos últimos - a muito custo, porque o Zé não queria por nada deixar fugir a sua mana, ainda por cima a mais gira e crescida, aquela que se dedica mais e que, por mero acaso, é única. Foi a despedida mais bonita, demorada e apaixonada que já vi, tive que sair do quarto para não me cair a lágrima do stress. Ah! Falta a carta para a mãe! Check. Agora sim... rumo a Lisboa!
Coitadinhas destas ingénuas amigas, saíram de casa cheias de fé. "É na boa, vamos para aquela paragem e apanhamos o primeiro autocarro, seja de que lado for porque mesmo que apanhemos para a praia dá logo a volta e temos mais probabilidade de ter lugar sentadas" pensámos. Já in loco "Bem, já estamos aqui há 10 minutos, vamos pedir boleia! - Acho óptima ideia! Faz sinal! - Que lata, fazemos as duas! - Ai nem pensar, que vergonha, a ideia foi tua! - Ok, esperamos pelo autocarro." Passados mais 20 minutos, percebemos que era boleia ou nada. Não passavam autocarros nem para cima nem para baixo. Claro que ouvimos piropos e conselhos pouco ou nada pertinentes para singrar na vida. Ainda sorrimos e acenámos a alguns tios e chegámos a falar com a tia Ana. Claro que o autocarro acabou por aparecer e o comboio foi óptimo para nos despedirmos de Sintra com tempo.
O querido do Ki apanhou-nos e deixou a Tanica em casa, que ia fazer a mesma mala três vezes - à primeira exagera, à segunda ainda mudava alguma coisa, à terceira é de vez. 8 pm, começou-me a doer a cabeça mas vinha dali uma noite tão boa que me estava nas tintas. O Ki, o Zeca e eu voltámos a apanhar a Tanica pelas 21h. Fomos jantar ao Bambu, o spot habitual dos nossos jantares fora, que é só o melhor quiosque da Avenida da Liberdade. Fizemos uma viagem de carro linda de morrer e tivemos um jantar mega animado! A sobremesa foi um gelado do Banana Café (a única concorrência do Bambu). Claro que o Nuno Gomes aparece do nada, atrasado mas irresistível como sempre, cheio de maleitas mas insubstituível. Já nas últimas jolas, minutos antes do Bambu fechar, decidimos ir ver um filme. A minha dor de cabeça continuava ali, estranhamente insistente e irritante. O Nuno Gomes, que tem sempre uma carteira pequenina mas que é tipo Doraemon e tira tudo de lá dentro (nunca tentámos mas se quisessemos muito uma porta ou bicicleta, era menina para ter isso perdido nos confins da sua sacola), saca do kit salva-vidas e oferece-me um ben-u-ron. Não sou dessas, basta-me descansar um bocado e fico boa. Bora fugir deste vento e ver o filme mas é! Chegámos a casa dos Amados e o Nuno Gomes ficou de aparecer lá, claro que tinha mais 157 eventos nessa noite e se foi despedir de mais não-sei-quem no boda.
Escolhemos o filme a muito custo, é difícil saciar quatro vontades diferentes num filme. Claro que adormeci nos 5 primeiros minutos. Acordo depois do filme acabar, com os rapazes a irem-se embora. Incrivelmente estou cem vezes pior da cabeça, que raio se passa comigo? Que neura. Nem três da manhã e estou mais morta que pessoas que foram enterradas há 10 anos. O meu corpo pode perceber que até posso entrar em coma a partir de amanhã mas nunca vacilar antes de deixar a Tanica no aeroporto? Não, não pode, está armado em independente. Coitado, trato-lhe já da saúde, caso não se lembre sou mestre na arte de recalcar, com sorte nem a Tanica repara que estou a mandar as dores de cabeça para debaixo do tapete. A Tanica merece mil vezes mais e só queria uma noite divertida, com jolas e amigos. Os amigos estavam fora, as jolas estavam longe. "Liga ao Ki, se ele ainda tiver aqui perto dá-nos boleia para o bairro!" Assim fizemos e o querido do Ki, que é muito mais do que o aparente chauffeur, apanhou-nos. Deixámos o Zé em casa e a caminho do Bairro eu faço o all out: "Não aguento mais" esta chinfrineira dentro da minha cabeça. Doi-me tanto que já me sinto enjoada e fraca. Começo a chorar de dores e levaram-me para o hospital. Custou-me tanto, estragar assim a noite à Tanica que só queria mesmo uma coisa simples e animada. Aquilo estava para lá de complexo e eu estava a conseguir desanimar Marte. Não era uma hipótese a Tanica ficar sozinha, não era uma hipótese irmos tipo família cigana para o hospital e infelizmente já não era hipótese recalcar as dores.
3:38 am, entrada de Madalena nas urgências do Santa Maria (fim do mês, não há CUF para ninguém). A Tanica em silêncio dava-me esperança e o Ki olhava para mim com ar desesperado, achava que eu ia morrer (esteve quase para ligar ao padre). Esperámos um bocadinho até conhecer o médico mais depilado da história, explorar aquele labirinto, apanhar um susto quando percebemos que até trabalhadores vão fazendo análises no horário de serviço e de finalmente levar o soro e o paracetamol pela veia. Andei com o bobi (como a enfermeira chamou ao poste com rodinhas que suportava os líquidos que me entravam no corpo) algum tempo e finalmente tive alta.
6:03 am, saio cá para fora e vejo o Nuno Gomes outra vez com a Tanica à minha espera. Não é que o jogador da bola em fim de carreira (o cabelo cresceu, a postura está mais feminina, quase que parece a Ana) foi mesmo ter a casa da Tanica, não lhe abriram a porta, ligou à Tanica e veio feita peregrina com o seu cajado (que deve ter tirado da bolsinha mágica do Doraemon) rumo a Santa Maria? Incrível esta amiga! Seguimos para o McDonalds atestar os companheiros de aventura e lá fomos nós para o aeroporto. Por incrível que pareça era cedo, ainda ficámos no carro um bocadinho antes de entrar no parque do aeroporto, que é baratinho como um pequeno almoço na Dinamarca. Eu finalmente ganhava cor e energia e rapidamente assumi o meu alter ego de repórter da BBC Vida Selvagem que regista minuciosamente cada movimento dos animais, até o piscar dos olhos. Entramos no aeroporto e claro que ainda não abriram as portas do voo para Praga. Óptimo, mais tempo para tentar recompensar a Tanica desta aventura de loucos.
A Tanica abriu o coração e foi partilhando o que sentia, o nervosismo, entusiasmo, sono, alegria, tudo. E lá fomos nós para a fila das malas, maior e pior ainda do que os saldos na Primark mas exequível. Demorámos menos do que esperávamos. Fotografias nonstop, contemplação a cada estrangeiro que passava por nós, relatos sobre cada passo que demos nesta noite já nostálgicos e mini tromboses de sono que nos faziam rir até doer a barriga - relembro que estávamos de directa e muito ansiosos/nervosos. A Tanica ia fazer a sua primeira viagem de avião sozinha. E ia fazer voluntariado. E ia tratar de cavalos. E ia para Praga. E ia com muitos estrangeiros. E era a única portuguesa. E é a Tanica!
Sabem quem é a Tanica? Alguém absolutamente extraordinário. Bem podem procurar alguém parecido mas nunca neste mundo e nesta vida vão encontrar alguém assim. Pequenina de tamanho mas tão mas tão grande de coração. Uma despachada, muito simples e prática. De tão simples chega a ser complexa. Desbloqueada em tantas coisas que só apetece pedir-lhe para ser nossa orientadora espiritual. Desprendida em tudo e ao mesmo tempo a maior dependente, única e exclusivamente das suas pessoas. Só avança com elas, mesmo que sozinha vá mais rápido e mais longe. Viciada no backstage, sem fazer ideia. Não precisa nem adora mostrar-se. Fazer o bem e puxar pelas pessoas está-lhe no sangue. Confia cegamente mas não é parva nenhuma. Flexível, tolerante e acolhedora. Exigente, mais com ela do que com os outros. Verdadeira, humilde e entregue. Impulsiva mas crescida. Quer sempre mais e melhor mas recusa-se a ser alguém a não ser ela própria. E isto não é nada...
Chegamos ao momento tão esperado pela noite, o embarque. Depois de despedidas um bocado intensas - basicamente foi como se a Tanica fosse para Zimbabwé durante 10 anos, a Tanica mostra o... o bilhete não funciona. Ah e tal novas tecnologias, pode levar o bilhete no telefone... deve ser! Apanhámos um susto mas o Ki-turista-de-profissão soube logo reagir. Fomos imprimir o bilhete a uma banquinha e voltámos ao embarque. Despedimo-nos como gente grande e despachada (só porque a Tanica não estava para cenas melosas tão cedo) e lá foi ela, cheia e leve ao mesmo tempo, como sempre... rumo a Praga.
Fugiu para praga
Foi uma fuga consentida ou com sentido, nem sei bem. Foi para um campo de cisv. Nos anos nós oferecemos o campo e os avós o voo e ela foi.
Ia delirante, com nervoso miudinho de quem tem medo deste mundo gigante, mas delirante.
Presente cego a notas e resultados foi presente de anos e de esforço. Foi mimo de quem [ainda] teve pouco tempo para ser mimado. Mimo, mais mimo até ter a certeza do que é ser amado.
Foi fazer voluntariado com cavalos abandonados, foi tratar deles e aprender a gerir conflitos. No caso dela parece-me que a lição é mais para os internos, os maiores talvez. E também por isso tudo foi.
Ia delirante, uma emoção.
7/23/2015
Licença de férias
Não é acordar às tantas nem sair com a toalha de baixo do braço sem mais nada. Não é sempre descansativo nem temos muito tempo de silêncio, mas é espetacular...
Acordar uma ou dez vezes conforme a plateia da noite.
Dividir aa torradas da manhã e até o café.
Vestir qualquer coisa e andar descalça.
Aproveitar o bom que é estar de volta a casa da mãe.
Fugir sempre que se pode nem que seja para ir ao supermercado.
Aproveitar sestas coordenadas e dormir tanto que me babo.
Fazer tudo com três à perna, ou não fazer nada.
Pegar em três toalhas e ir, que se lixe vimos a pé podem vir molhados.
Manter as regras que nos trazem sanidade e deixar as outras mais ou menos.
Estarmos uns com os outros com o tempo que se tem. Tratar do que não temos tempo para fazer noutras alturas.
Deitar-me ao sol, deitar-nos a todos menos ao xavi.
Dar mergulhos de mar.
Nunca ter bateria no telefone e viver bem com isso.
Se não houver mais nada há pão com manteiga.
Comer bolas de berlim e gelados mas só de vez em quando porque estão caras.
Levar camisolas caso fique mau tempo.
Nadar de costas e boiar.
Ler um livro se der mas ficar contente só com um artigo de revista.
Adormecer a ver filmes ou beber jolas numa noite estrelada.
Acordar e começar tudo outra vez como se fosse a primeira.
7/21/2015
Insónia de exame
Não sei se tás a ter mas eu tou, não quero perguntar para não te acordar, senão conversávamos. Não sou eu que vou fazer o exame amanhã mas tou que não posso, a verdade é que uma parte de mim vai.
É o último amanhã e não têm corrido bem. Não lidas bem com o stress e chega a altura e isso toma conta de ti. Nunca me aconteceu, pelo menos a ponto de me lembrar ou saber como fiz mas a verdade é que te acontece a ti e sinto-me incapaz por não conseguir ajudar-te a ultrapassar isso.
Tens medo de desiludir e eu, eu fico desiludida comigo só de pensar que sentes isso. É óbvio que são importantes para ti estes exames, é também óbvio que tens dado tudo. Então porque não resulta? Parto a cabeça a pensar nisso e a ver como podia tornar a coisa mais fácil, não chego a nenhuma conclusão só à que está tudo nos nervos da tua cabeça e por muito que façamos não alivia. Não é um problema de inteligência, nunca foi. Torna a coisa ainda mais difícil de desvendar e pronto, ando eu praqui a divagar.
Amanhã é o fim e seja o que for já foi. Depois são férias para as quais tás doida para começar, num misto de poder finalmente ir à praia e tirar essa carga. Eu cá gostava que tivesses mais tempo, provavelmente não resolvia nada mas é a tal dúvida de tirar o penso de pressa ou devagar. E lá estou eu a divagar.
Rebolo para lá e para cá na cama, ninguém diria que me deitei cheia de sono, nem eu. Amanhã é importante acima de tudo que não estrague esse amor próprio e por isso rebolo.
Talvez seja só pela mensagem que não te escrevi, ou só não enviei, na tentativa de aligeirar o stress. Devia ter mandado na mesma para teres mais ums vez a certeza que tou a torcer por ti. Amanhã são férias e voltas para ao pé de nós porque os martelos e criançadas deixam de ter importância. Passa a ser só isso o importante.
Já cantam os passarinhos vou dormir. Ou então não mas dorme tu bem. Não podendo ajudar no resto tenho insónias por ti.
Até amanhã. Já só falta um bocadinho.
7/19/2015
Os filhos que o mirena quiser
[Sobre cenas de mulheres]
Filhos são os que Deus quiser e o mirena deixar. Isto porque ter filhos como coelhos é espetacular mas deixo para o boss AC. A conta no bes que é novo banco não deixa mais mesmo que queira mais mil.
E por isso agarras em ti e espetas o mirena. Não será perfeito, mas nenhum é. Entre contas e abstinência prefiro o hormonal. Tomar comprimidos como smarties dá em esquecimento e trouxe-nos um zé. Não trocava por nada mas mais maria menos zé o melhor é garantir para já.
Tudo isto para vos dizer que fui ao centro de saúde e deram-me de gratis. Dão disso, de pílulas, de implantes e do meu diu.
Não tem interesse nenhum este post só isso. Se precisarem já sabem eu aprendi agora e adorei.
[Juro que não me pagam por isto mas poupei 100 euros e fiquei radiante]
7/16/2015
A minha Sogra
A minha sogra faz anos
A minha sogra é a melhor sogra do mundo
A minha sogra é como se fosse a minha mãe suplente
A minha sogra criou uma família espectacular
A minha sogra é uma juventude e festa constante
A minha sogra tem o melhor genro do mundo
Parabéns minha querida Sogra!
7/14/2015
Casos à parte...
Tenho para mim que existem pessoas, que organizam os calendários escolares, que gostam de fazer sofrer os pais dos pequenotes aspirantes a pessoas. Venho por este meio reclamar de tal facto e expor esta situação de forma a que se faça a tentativa de mudar estas situações.
NINGUÉM vai para a praia às 8h15 da manhã! Ninguém! Podem inventar as histórias que quiserem mas toda a gente sabe que às 8 da manhã nas praias portuguesas, os últimos jovens da noite começam a sair da praia ainda ligeiramente embriagados, entra um tractor que varre a areia e depois aparecem uns senhores para fazer as pegadas que conhecemos na praia. Ninguém vai para a praia às 8h15. Cá para mim, as escolas querem fazer sofrer os pais pelo que os nossos filhos os fazem sofrer durante o ano. Parece-me justo, mas esta é a maneira mais cruel de o fazer, senão vejamos:
7 horas da manhã: acorda Manel a dizer que estamos atrasado para a praia, como se tivéssemos atrasados para a nave espacial que vai fugir da terra enquanto mil vulcões inundam a terra de lava a ferver.
7 horas e meia: Acorda ZM, Manel leva com cereais no bucho. Zé Maria tem a fralda cheia de milho estragado. Ainda não percebi onde é que ele come milho... mas que lhe sai muito pelo rabo sai...
7h 45: Encho Manel de creme protector. Troco outra vez a fralda do Zé. Continua a rejeitar milho que não comeu... (lembrete de por no google milho, cocó, criança, para ver o que aparece). Estamos à porta de casa prontos para sair. Dou bolachas à malta porque já não me lembro quem comeu o quê...
Saímos às 8h00.: Meto música com bateria porque é o que o Manel gosta. Estão 300 carros à frente da escola. Paro na passagem de peões. Uma velhinha olha para mim com um ar superior. Eu acho que ela é velha e não percebe. Digo adeus. Primeira missão cumprida às 8h15,
Ninguém vai para a praia às 8h15. Tenho a tentação de ficar a ver e seguir as camionetes. Aposto que vão para um canto fazer tempo e a malta gozar com os pais que já estão acordados há duas horas.
Mas há coisas positivas em acordar cedo.
1) És o primeiro a chegar ao trabalho. Ainda não há ninguém que tenha usado a casa de banho... Até parece mel
2) Há imensas chávenas limpas para o café.
3) Vais ao Facebook e ainda não há noticias sobre a grécia.
São 9h30. O dia começa para o resto do mundo. Bem vindos. Casos à parte, vai ser um bom dia...
Casos à parte, é o que acho que a Rosa anda a ter com os senhores das obras, mas isso fica para outro dia...
7/13/2015
avaliações fim de ano
vamos em carros separados porque depois ele trabalha e eu volto para a boa vida.
primeiro é a do manel e já sabia que ia chegar atrasada. está lá o joão. chego 5-7 minutos depois e acabou. estava a professora e o joão. fazem-me o resumo de que está tudo bem.
lista infindável de adquiridos e em aquisição, quase tudo adquirido. de referir que não gosta de ser contrariado e tem que melhorar a motricidade fina, esta da motricidade fina é nova mas de resto já sabíamos. temos de trabalhar isso mas sem stress porque há tempo parece-me. tudo bem portanto.
logo de seguida a mesma história mas como temos mais um cromossoma trazemos mais uma equipa de terapeutas, e uma professora de ensino especial. fico nervosa só de a ver, nada contra a sra coitada, mas fico.
mais uma lista infindável de adquiridos e em aquisição, desta vez temos um meio meio, talvez mais para os adquiridos e menos em aquisição. fico contente só por isso, não está perfeito mas está em aquisição. reparo que há uma terceira fila de não avaliado, aparece quando ainda não tás no ponto de avaliar essa competência, tínhamos um ou outro nessa também. faço contas às cruzes e fico contente.
e depois o pedro falou de tudo o que não cabiam nos quadradinhos, de tudo o que ele cresceu e de tudo o que já aprendeu. o mesmo fizeram as terapeutas. poesia para os nossos ouvidos bem sei, mas sabe bem até a uma pessoa de números como eu.
o pedro acha que a maneira mais justa de avaliar o zm talvez não seja por tabela, eu cá gosto dela. é dura numa primeira vez que a olhamos de frente mas não tenho muito medo daqueles em aquisição, lá chegaremos se calhar com mais stress e menos tempo que o manel mas chegaremos.
e quero que seja avaliado de acordo com os mesmíssimos critérios que os outros, porque quero saber e ter os pés na terra apesar de tantas vezes ele nos fazer viajar. porque se vivemos na mesma sociedade então ele vai ter de encaixar na tal tabela e até ser bom nela. mais depressa ou mais devagar, arranjamos tempo.
depois devagarinho vem a professora de ensino especial de quem fujo a sete pés exactamente pelo que escrevi 2 ou 3 linhas acima. não quero que ela adapte nada e não quero que o trate de maneira especial, mas devia. joão dá-me aquele toque com os olhos e lá saio da postura de "larguem o meu menino" e aceito a tal ajuda. diz que não vai mudar os objectivos mas que se vai sentar com ele na sala uma vez por semana para o ajudar, mais um par de braços dá sempre jeito e começo a gostar dela. depois explica-me com calma que preenchendo uma papelada ainda me pode ajudar a ter umas terapias financiadas e o amor aumenta ainda mais.
acabamos muitos minutos depois com beijinhos e abraços, o pedro vai embora e vai deixar saudades.
ficam as outras equipas que sempre foram tão nossas amigas uma nova professora e turma dos 3 aos 5 anos e um novo amor por esta professora, chamemos-lhe especial, que espero que continue a crescer.
no meio de tudo isto chegaram as notas da tania mas sobre essas contamos mais tarde, porque agora é tempo de concentração e esta nossa filha não é amiga de pressão e stress. por isso tal como para os outros vamos gerir o stress e o tempo e tentar fazer uma boa combinação.