10/30/2015
A nossa fotografia de família
10/29/2015
do pinterest para o quarto deles [nada é meu mas é gratis!]
Ainda tem coisas por acabar, roupa por arrumar e baloiços por pendurar. falta um tapete e cortinas numa janela. mas está quase. nisto, e enquanto não lhes der na gana pendurar posters de carros ou mulheres semi-nuas, imprimi em a5 e colámos na porta dos armários com washi tape.
O manel adora e o zé emita. eu cá acho só giro. devia ficar ainda melhor em molduras brancas.
[a fingir que percebo de decoração. tudo isto no pinterest]
10/26/2015
diz que tem dentes
10/21/2015
a filha da lisa
10/20/2015
babysitting
10/19/2015
Sobre as fraldas do zé que deviam ser as minhas
[ai não podes fazer isso que ele fica baralhado e depois é mais difícil. fiz.]
10/15/2015
No meio do caos da vida
Chuva, aos molhos, em cima dos meus olhos e tudo o resto. Liza de epidemia como ela diz, virose como digo eu. Minha mãe foge em passeio para as Américas.
Pedir à minha prima para os trazer da escola, ao meu pai que fosse à aula experimental de judo, à tia nanã para meter supositório e à tânia que tape buracos. Telefone a carregar em todos os cantos com coisas para aprovar a cada 10 minutos.
Reuniões de pais e de casais, natacinha, mergulhos, cocó no banho, papas cerelac e ranhos. Visitas de estudo por pagar e toalhitas a faltar na escola. Três constipados e dois estafados.
Noites mal dormidas e manhãs renhidas.
10/14/2015
24 horas - o filme
A minha mulher acabou a licença de maternidade, o que traz coisas boas e coisas más. As boas são relativas ao retorno à vida normal, motivação profissional, cansaço mais dividido. As más prendem-se à falta de tempo, aos imprevistos e rifas que me saem...
No passado fim de semana, calhou-me a rifa de ficar 24 horas consecutivas com 3 dos meus filhos. A Rosa tinha um "jantar" com colegas de trabalho, e no dia seguinte ia trabalhar o dia todo em filmagens. A Tânia estava a trabalhar o fim de semana fora em missão babysitting. Adoro todos os meus filhos mas ficar com 3 rapazes dos 4 aos 0 trazia-me uma certa ansiedade, depois duma semana dura de trabalho. De qualquer forma saí do trabalho na sexta-feira a agradecer a familia que tinha e a pensar que isto ia ser positivo e muito bom para todos...
O que é que sucede...? Sucede que quando cheguei a casa para iniciar esta ronda de 24 horas, percebi que estavam todos com virose ou semelhante, e que iam rodar muitas fraldas e idas à casa de banho. O leitor mais assíduo do blog sabe que eu falo muito de cocó, de forma a tentar desmistificar o que de facto é o mais natural e rotina diária, ou quase diária. Mas desta vez foi demais!
O Manel foi para a cama cedo. O Zé, consegui adormecê-lo pelas 21h30 ao lado dele na cama depois de lhe ler 3 histórias e de lhe dar 3 bolachas (na verdade ele só queria as bolachas, mas psicologicamente fico a pensar que até sou um pai fixe...) Eram 22 horas e fui tratar de adormecer o Xavier. O Xavier parecia ter bebido 3 uisques redbull, tal era a energia. Depois de gastar a energia vinha a ressaca em forma liquida, por cima e por baixo, dependendo do que ia apanhando o elevador. Gastei um pacote de toalhitas entre camisa, rabo, sofá (sim Rosa, houve cocó no sofá), costas e outros sitios que limpei sem a certeza do que se tratava.
Meia noite. Tudo a dormir. Eh lá, pensei eu... "ainda vou ver um filme antes de ir para a cama, uma coca cola e repastelar-me no sofá... Isto afinal..."
Tábeim... Mal começou o filme os berros "PAI!!! Já fiz cocó!!" se ouviram ao longe. Coitado do Manel. levantou-se 3 vezes para ir à casa de banho e na última já chorava a dizer que tinha comichão no rabo. Não havia maneira de o distrair ou não chorar. Fomos ver desenhos animado....
Fui para a cama assim que possível para estar descansado para o dia seguinte....No dia seguinte ia chover muito, o Manel tinha uma festa de anos e portanto ia ser espetacular.
Acordo pela noite, com mais fraldas para trocar, biberon para dar e rabos para limpar... Podia ser pior.. pensava eu...
Pequeno almoço corre bem. Sem cocós. Tudo a comer. Sem choros. Brincadeiras e descanso.
Mas foi no almoço que tudo começou a piorar. O primeiro chorava, o segundo não queria comer e o terceiro queria comer o almoço do segundo. Voltam os cocós. E desta vez não fui tão eficiente, porque dei por mim e tinha 3 tipos de cocó na minha mão...o que acho que não é normal...
Enquanto o primeiro chora, o segundo caga e o terceiro não come. Já não sei qual é qual. Qual comeu, qual cagou ou se me esqueci de dar água ou outra coisa qualquer que fosse fundamental para que ficassem bem. Já estávamos os 4 em survival mode. Vinham aí as sestas... Experimentei a técnica do "deixar na cama, fechar a porta, tapar os ouvidos". Estava a funcionar muito bem quando me lembro que o Manel tinha uma festa. E faltava o presente, Encontrámos "um presente" (ainda não percebi o que era). Faltava embrulhar.... Ui... Eu sou a pessoa que ia chumbando na primária em trabalhos manuais. Não encontrei fita-cola. Peguei no jornal Record e encontrei cola daquela marca amarela. A táctica era para mim óbvia:colar jornal à volta "do presente" e dizer que tinha sido o meu filho a escolher o presente e a embrulhá-lo. Orgulhoso por mais uma solução encontrada, lembro-me que tenho que levá-lo à festa. Mas está uma tempestade lá fora! e os outros estão a dormir.. Assumi que não tinha solução e telefonei à minha querida tia de baixo a pedir ajuda. Ainda não tinham almoçado, então peguei nos que tavam a dormir, fui pô-los no andar de baixo. Peguei no manel, enfrentei a tempestade e saímos em direcção à outra ponta da cidade. Cidade essa que estava um caos. Quase uma hora no trânsito e chego ao destino. Orgulhoso e o Manel contente por ir estar na festa do amigo, tentamos encontrar a sala da festa. Procuro por míudos ou pais com presentes e nada... Será que me enganei no sitio? Confirmo morada. Tudo Ok. Será que me enganei nas horas? confirmo horas, tudo ok... Será que....? mal pensei percebi... A festa era no domingo e não no sábado...Comecei a chorar por dentro... O Manel começou a chorar por fora quando percebeu.
Fomos a chorar para casa. Estávamos os 4 reunidos outra vez. Encaixámos-nos no sofá. Trouxe todos os brinquedos que encontrei, bolachas que ainda havia e desenhos animados. Ficámos quietinhos, em silêncio, à espera que nos viessem salvar... Passado umas horas, chegava a mãe rosa. Separámos-nos (os 4 homens) e só nos viriamos a ver no dia seguinte. Foram 24 horas engraçadas e boas para união masculina.
Mas os 4 sabemos apesar de não termos falado sobre isso, que programa destes de 24 horas sozinhos, antes de 2016 não queremos...
10/07/2015
Sobre adoptar mini adultos
Não fazia parte dos planos dela ter a vida que teve até aos 18 nem dos nossos adoptar aos 30.
Mas de repente aconteceu quase que por magia. Fez sentido logo que soubemos que estava sozinha, fez sentido para ela logo que soube que era o que queríamos.
As finanças não querem saber, o apelido não pode ser oficial e quando preenches os papéis os pais são outros. Mas isso na verdade não importa. Explicas se tás praí virada não explicas se não apetece mas deixa de importar porque o que importa é o que sentem, o que se cria e o que vivemos.
Sábado aproveitámos a hora santa (três putos a dormir) e na tv dava uma história igual. Ficámos arrepiados de ver. Afinal há outras pessoas que ficaram mesmo pais mini adultos, e os sentem como deles. Como se tivesse nascido. De certeza que haveria claro, mas nunca tinha pensado nisso e foi bom demais saber que não estou a sonhar. Que há transferências de quem quer dar e de quem quer receber que faz com que tudo faça sentido, sem grande explicação. É assim e pronto.
10/04/2015
Time's up
Acabou. Finnito.
Oito meses ao sabor da vida. Essa que se vive sem grandes preocupações além das maiores. Os primeiros dois meses arrancados a ferros para abrandar e os outros seis passados a namorar. Namorar os meus amadinhos. A todos e a cada um.
Fiz tudo o que queria e deixei mais queres por querer. Porque o melhor é não acabar nunca a lista de afazeres. Combinei comigo levar mais este espirito de que tudo é possível para a vida. Esta disponibilidade para estar e ouvir as pessoas que connosco se cruzam com calma. Conheci gente extraordinária. Aprendi um montão só de ver. Dediquei algum tempo de mim aos outros mas dediquei também tempo a mim. Porque um bebé está connosco mas não fala e nós ou ficamos sozinhos ou pomos a conversa connosco em dia. E foi isso tudo.
Amanhã é tudo igual ao que era e não me posso queixar. Gosto do que faço, sou privilegiada. Não saberia viver disto para sempre embora tenham sido dos melhores meses da minha vida. É estranho e difícil de explicar mas é assim.
amanhã é tempo de testar a massa cinzenta e decobrir o que ficou.
9/30/2015
seis meses e quase não te vi dormir
ou então não.
realizo que de todas as coisas espetaculares que fiz estes meses quase não te vi dormir. quando caías para o lado ou andávamos a passear e eu olhava para o passeio ou estava por perto mas fugia. tratar de coisas, descansar, ir às compras, dar banhos, almoços, escolas ou o que fosse, não ficava para te ver aterrado. provavelmente não sentiste falta desse habito doentio dos pais sedentos como eu, mas só para não arriscar hoje dei tempo a isso. cinco/dez minutos, um quase lusco fusco, e lá estavas a transpirar tranquilidade como me lembrava que era, ou que devia ser. inspira, expira, inspira, expira. e só disso escorre baba de orgulho de mãe. e é só espectacular.
coisas estúpidas ou só boas neste dia do teu meio ano.
Obrigada xavi querido por seres meu só meu, agora vais ser de mais gente e depois só teu. raios estava a correr tão bem entre nós.
ps- meio ano depois já levava mais uma epiduralzinha só pela curtissão que foi. um coçar desenfreado misturado com uma leveza de quem nem quer saber que lhe vai sair o rossio pela betesga. grafismos à parte marchava bem uma epidural para fim de licença.
9/25/2015
Parabéns Mãe
9/24/2015
Parabéns Titio Manel
Acabar com os mitos
Nós homens somos sempre considerados uns verdadeiros mariquinhas quando estamos doentes. Quando a temperatura passa os 37º, dizemos que estamos com febre, e aproximamos-nos lentamente para uma morte certa. É um facto que somos mais frágeis do que as mulheres e que provavelmente, tornamos qualquer pequena doença, febre ou indisposição, num drama qualquer de altas proporções. Isto não é um mito. Acontece, em geral, com muitos homens. No entanto, aconselho que este processo continue. Para isso vou relatar o que aconteceu comigo, e porque é que sou traumatizado nestes assuntos.
Decorria o ano do nosso Senhor de 2012, mais propriamente no mês de Setembro. Los amados tinham uma vida atarefada. O Zé Maria tinha nascido há duas semanas, eu estava em pleno MBA e férias nem vê-las.
Eis senão quando, no dia 10 de Setembro de 2012, chego a casa pelas 18 horas queixando-me duma ligeira indisposição. A Rosinha, com todo o
As dores aumentavam até que a Rosa se foi deitar, e eu tomei a opção de resolver o assunto à força. Sim, sou
Depois de cerca de 30 segundos de conforto, comecei a ter dores alucinantes de barriga. Mais um ou dois berros de dor, e respostas de "XIUUUUU!" da Rosinha. Parecíamos claques de futebol, entoando cânticos desagradáveis entre sectores diferentes dum qualquer estádio de futebol.
São 6 da manhã. Estou desesperado. Não me consigo mexer. Penso pela primeira vez que não consigo fugir do cenário hospital. Tento abordar com calma a minha
São 8 da manhã. Vou acordar os miúdos, e fingir que foram eles que acordaram sozinhos. Inicio o ritual da largada para a escola. Não aguento as dores. Estamos a sair de casa, uma luz ao fundo do túnel...A Rosa obriga-me a por uma máscara para não passar nada aos míudos. Não percebo, mas aceito. Naquele momento era capaz de tudo para ter uma boleia para o hospital. A Rosa vai deixar os míudos à escola enquanto eu fico no carro à espera. 20 MINUTOS!!! Tá tudo a gozar comigo, penso eu... Vamos para o hospital.... A Rosinha dizia que era fita... deixa-me à porta do hospital e diz que me vem buscar mais tarde, depois de ser visto.
Perguntam-me no hospital porque tenho uma máscara e eu respondo que não sei. Deitam-me numa maca e dão-me drogas. Ui ca bom! Vou fazer exames.... Apendicite aguda! Bem me parecia, pensei eu, que não era nada de comum... Fico sozinho no hospital numa sala e a partir daí tenho poucas memórias. Só sei que fui operado ás 20 horas. Dizam-me que seriam dois dias de recuperação e ficava impecável. Fico reconfortado e mais descansado....
Acordo nebuloso da operação, como quem está num nevoeiro intenso com a maior bobadeira da sua vida. Levanto-me da maca e peço a uma enfermeira um abraço. Só aí vejo a realidade. Olho para baixo, e tenho 2 tubos a sair da minha barriga, e uma bolsa com liquidos viscosos entre o laranja e o encarnado... Acordo novamente umas horas depois e explicam-me: " Ah e tal, parece que explodiu e está infectado. Pumba!
Resultado final: uma peritonite aguda, 15 dias de hospital, tubos, febre e mais dores....
Portanto, senhoras, mulheres, esposas. Quando o vosso homem se queixa, ajudem-no. É que às vezes as vossas regras são mitos. E o meu papel aqui é acabar com os mitos que prejudicam os homens.
E tenho dito....
9/22/2015
histórias entre amigos
miúdos na cama e festarola. conversa puxa conversa e um copo de vinho.
historias disto e daquilo. risotas de quando estivemos em moçambique, no brasil ou noutro lado qualquer. viagens que se fazem a viajar nas histórias dos outros.
partilhas de tudo e de nada que acabam no sonho do joão de estar grávido, tudo o que queria e o que mais temia. histórias tontas e mais um copo de vinho.
isto e nisto por horas. horas à mesa de conversa. os melhores jantares.
acontece muito quando moramos fora e damos-nos espaço para conhecer toda a gente e ouvir as suas histórias. depois voltas ao teu mundo e no meio de tantos bons e velhos amigos, com família à mistura, esquecemos-nos que podemos e devemos continuar a conhecer mais gente. gente gira, gente nova, gente surpreendente. gente amiga que se tornam amigos da gente.
foi o nosso jantar de ontem. isso e tiborna de bacalhau com bom vinho.
obrigada querida tania por nos lembrares de convidar. [e por me ajudares a preparar tudo como manda a regra]
9/14/2015
O óptimo é inimigo do bom
Raios, sempre detestei esta frase. Se podes ter óptimo porque ficas contente com bom, ainda mais tentar a perfeição diz que é coisa de inimigo. Não se percebe. Nunca percebi, até ter filhos.
De repente tornou-se claro que era espetacular que lhes pudesse dar o melhor mas às tantas o que tenho é só bom e esfolavamos-nos a tentar o óptimo provavelmente sem sucesso.
Tipo pensas que se calhar o ideal era andarem todos em escolas privadas xpto mas vão ter se ficar pelo bom porque não há dinheiro para tudo.
Que não concordas com tudo da escola mas não conheces melhor.
Que crescem tanto que o melhor é comprar roupa folgada e disfarçar.
Que o curso ideal era aquele mas conseguiu este já não é nada mau, é top.
Que gostavas que ele tivesse 57 terapias mas não dá, faz as que dá e pronto.
Que era óptimo fazerem ginástica fora da escola que só pode fazer bem a tudo mas só de pensar em levar e trazer confundes o óptimo com o pesadelo.
Óptimo ter a casa sempre num brinco mas é só bom controlar o caos e que a tua mãe não repare nisso.
Que era óptimo que dormissem até às 11h mas até as 8h já não é mau. Óptimo que comessem tudo mas não fazerem birra é espetacular.
E dei por mim estramente confortável com esta coisa do bom. Tão tão confortável que me parece óptimo.
Olhó workshop da Laurindinha
9/10/2015
comunicar bem com a laurinda [e não só]
parece simples ou complicado, dependendo da profundidade que lhe dermos, e de repente a Laurinda com estes chavões mostra-te todo um mundo comunicação que nem te apercebias bem. o potencial extraordinário da comunicação, da maneira como nos relacionamos, do que dizemos e não dizemos e tudo o que significa o que ficou por dizer. ou nos ofendeu, ou nos fez crescer. o perceber-nos no outro e no que ele nos devolve. o que no inconsciente significam as nossas fragilidades e seguranças. ferramentas que trazes e nem dás conta. pegar nos erros comuns e perceber como passam a ser mais valias. no trabalho, no amor ou em todo o lado.
não conhecia a Laurinda, era uma fã moderada porque na verdade nunca lhe tinha dado muito do meu tempo. e de repente aparece um tal workshop que ia fazer no meu facebook. olhei para a tania e pensei que devíamos ir as duas. até nem acho que sejamos más comunicadoras mas há um potencial gigante de melhoria e fazia sentido fazermos isto juntas, ela nas suas fragilidades e eu nas minhas. generosidade da Laurinda desde o primeiro minuto e de repente estávamos 15 estranhos a comunicar intuitivamente cheios de comunicações que são relações e relações que são comunicações.
o que vos digo e vos aconselho, é que se virem por aí a Laurinda a agarrem à louco e lhe peçam para que vos faça um workshop. parece que só faz de vez em quando que é uma pena. Sou fã nº 1 desde há 3 dias.
Obrigada Laurinda, obrigada joão, pedro, marta, manuela, francisca, carminho, rosarinho, teresa, luisinha, tiago, rodrigo, antónio, filipa [raios falta alguém que o nome não sai] pelo que deram de vós e levaram de mim.
9/09/2015
Filhos com necessidades especiais
Alguém em conversa me perguntava, em tom de dizer, que um filho com necessidades devia ser um desafio muito maior. Que devia ser muito mais difícil de criar. Fiquei assim meia sem saber o que dizer porque a verdade verdadinha é que não sei.
É verdade que ele tem necessidades e é verdade que algumas delas são mesmo especiais. Mas também é verdade que ele tem o que precisa mais identificado. Sabes que ele tem dificuldade ali e tratas aquele problema e porque tás sempre mais atenta vais sempre sabendo o que é preciso a cada minuto. Mais método menos método vamos acertando ou pelo menos andando de olhos postos no bicho.
Nos outros não tanto. Deixas mais crescer como as arvores. E estas férias dei por mim a olhar para o nézinho que, no meio de todo o fácil que é, sente-se sempre melhor acompanhado do que sozinho. Que é super mega hiper organizado e isso é bom mas às tantas quer dizer qualquer coisa que eu devia explorar melhor. Ou a sua irritação quando o contrariam e que aparentemente não passa com treino de contrariar.
Ou a tania que precisa de mais segurança. Ou só de validação como todos. E de tempo nosso só para ela. Tempo que dê para revermos tudo o que vai no coração ou só nos apontamentos.
O xavi que foi preciso muito tempo e persuasão para o ajudar a gostar da lata e adormecer na tranquilidade.
Não são necessidades de cromossomas ou terapias se calhar. ou se calhar são. E são sem dúvida especiais e por não terem o foco constante vão vivendo na sombra [as necessidades] e um dia podem tornar-se elefantes. [Grandes e selvagens] e depois o que não era problema nenhum fica uma cena complicada.
melodramas à parte este verão o zé foi o último nas minhas preocupações. Porque não precisava. Não que os outros tenham sido um cabo dos trabalhos mas a verdade e que também têm necessidades bastante especiais e passam mais ao lado.
Sei que vamos falhar mais que muitas vezes mas uma das que queria mesmo acertar era que fossem sempre todos especiais e que conseguisse mesmo chegar às suas necessidades. E que sempre que possível crescecem só como as árvores para eu não os estragar muito.
9/06/2015
pontos nos is
9/05/2015
Um mês de validade
Um mês mais de licença. Um mês a mais que das outras vezes. Um mês para o fim da liberdade de os ter só para mim. Um mês para lhes organizar a vida, a casa, as rotinas. Um mês para liberdade minha, só minha.
A um mês disto tudo sinto que tenho de viver tudo ao mesmo tempo que quero parar e só saborear isto.
Vai ficar mais curto o tempo, vou fazer menos escolhas e por isso toca a aproveitar.
O mote tem sido digo sim a tudo o que me for surgindo e que se calhar pensaria duas vezes. E quando não tou a fazer isso tou só onde estou a aproveitar. Sem complicar muito.
Reler a listabde tudo o que disse que ia fazer e checkar tudo para não falhar nada. Gozar o momento.
E depois seguir para o próximo que não é mau. Recuperar esta massa cinzenta, voltar a trabalhar em equipa e dar o litro. Reencontrar essa realização que também conta.
Um mês para se calhar nunca mais ter esta vida. Assustador. O melhores mesmo é nem pensar muito nisso e só aproveitar a cena.
9/04/2015
EnCandeia
8/31/2015
Parabéns pai zé
não foi uma coisa planeada, nem por mim nem por ele provavelmente. passar de dois a cinco não é para qualquer um, mas nunca pareceu muito assustado.
começou por ser um padrasto, coisa de cruela que não tinha nada a ver com o perfil. e depois as coisas foram crescendo, com tempo e paciência foi-se construindo essa tal coisa de pai. estava e está lá sempre. o primeiro a ajudar e apoiar. avô babado desde o primeiro minuto faz questão de não falhar nada de nenhum, nada.
veio pela mão de minha mãe claro está, entrou devagarinho e foi ficando, ficando até que ninguém mais o deixa sair. e daqui ninguém o tira.
não sei se saberia escolher melhor, provavelmente não. como não se escolhem os pais, não se escolhem os padrastos mas eles concordando ou não surgem e deixamos de estranhar. passam a fazer parte tão integrante da tua vida que já não faz sentido ser de outra maneira. e os anos apuram a coisa tal como no vinho.
é que esta coisa de família tem muito que se lhe diga e se é complicado a intimidade explica. ou não explica mas percebe-se.
o meu padrasto não é padrasto é pai. e hoje faz anos, muitos. parabéns ao meu pai zé que não me tendo dado nenhum gene me ensinou que a generosidade não se mede aos palmos, nem às toneladas, entrega-se o coração [inteiro].
8/30/2015
Belém para sempre!!
8/28/2015
a festa na praia em fotos
8/27/2015
férias de malão
uma nossa, uma do manel e o zé, uma da tania e uma do xavi. sem casa andamos a rodar as casas dos avós que são três. encaixamos onde der e normalmente transportamos caos. somos muitos.
Começámos com o avô zé, 15 dias de guarida e onde temos acampamento montado. depois uma semana de avô miguel com mais nove primos e tios. depois avô zé de volta. depois voltámos ao avô miguel já com o pai a trabalhar e os mesmos nove à mistura. fim de semana grande no algarve com o avô tonas que pôs o pé na areia a primeira vez o verão todo. e lá voltámos de malão para casa do avô zé.
o que entra e sai das malas é o caos, o que fica por onde passamos talvez seja igual. aproveitam tudo o que cada sitio tem para lhes dar mas essencialmente as pessoas. gastamos tempo com cada uma delas e quando parece só caótico fazer mais uma mala lembraste que é a única altura do ano que dá para isso, para perdermos tempo uns com os outros sem olhar para o relógio. e depois fugimos para outras paragens para descansarem de nós e terem saudades. e voltamos.
a estabilidade deles somos nós e já não se alteram com tantas malas. estamos todos juntos neste malão e se as obras são a desculpa aproveitamos bem o verão. dormem ao molho e cabemos onde houver lugar. todos num quarto, em dois ou em três, temos muita sorte não nos podemos queixar, nunca falta lugar. o zé dorme com o né, o xavi connosco e a tê conforme o que ainda há. tem estado mais fora e agora até dorme em tenda mas aposto que não se queixa. malas pequenas só com o essencial e fomos.
era assim quando éramos novos também, meses de férias com avós tios e primos. histórias para todo o ano. paciência de santos dos avós e pais com tempo para a loucura. mesas gigantes todos os dias ao jantar e conversas sem fim.
para a semana acaba o malão. voltamos à cama de cada um, a cada colchão. acabam as obras e teremos o nosso castelo de volta. apetece claro, imenso, mas vamos ter saudades desta ligeireza o resto do ano. este privilégio que temos de ter tantos e tão bons avós. levamos mais um bocado de cada um.
8/26/2015
Férias de tania
Anda dentro e fora como manda a idade.
O manel conta os dias para ela voltar. E inclui-a em tudo o que vai havendo. Tens batatas guardadas, cartas por ver, mergulhos por dar, camas por preencher mas depois tratas disso com ele.
Vais e voltas e temos saudades. Aproveitamos que chegas e sugamos tudo o que andaste por aí a viver. Agarramos-te de orgulho e depois vais embora outra vez.
Foste primeiro para o cisv e voltaste com amigos para a vida dizes. Querias ter lá ficado mais. Trouxeste histórias e histórias para contar e outras só tuas. Porque há coisas que não se contam, sentem-se e daqui a uns tempos viram história.
Voltaste e estivemos todos outra vez. Depois fugiste para te despedites de um amigo da vida, fim de semana longe sem pais, jogos e tudo isso. E ele foi e tu ficaste mais uns dias. E nós aproveitámos.
Tratámos de coisas e vivemos mais umas e alguém te liga com mais um desafio. Cantámos os anos ao zé e lá foste.
Explicaste tão bem ao manel que ele diz a todos que foste animar crianças mas depois voltas. E foste. Foste como eu fui há mais de 10 anos e depois te conheci. Foste nessa semana que muda mundos e muitas vezes os nossos. Foste e vais vir com mais histórias que se contam e se vivem. E nós cheios de orgulho vemos-te desfilar.
De orgulho e de saudade e lá se foi.
A lata da vaca ou a vaca da lata
acabou-se a vaquinha, a minha.
daqui a uns meses ou anos vou ter saudades, talvez. para já só vos digo que me sabe a pato.
foi um cabo dos trabalhos. horas do joão, da liza, da mariana, da carmita, da rafa, da tania e da madalena. nada. foram 3 beberons diferentes. e dois tipos de leite. quente, morno e frio.
mas foi.
diz que tinha de ser outra pessoa a biberon senão não queria. mas ele não queria outra que não eu. então agarrei-me ao bicho e com calma juntos aprendemos que a vida pode ser maravilhosa mesmo sem a vaca da mãe. esperneou e depois adorou. o aeroom ajudou, a ele e a mim que ficava com cólicas de tentar.
O leite não será o mesmo mas foi o que eu bebi talvez não tenha dado mau resultado, ou então deu e podemos culpa-lo. Serve para os dois lados.
começou por beber 30, mais 60, mais 90 e lá chegou aos 160 que manda a dose. e pronto. acabou-se. estamos os dois felizes, devia ser mais e melhor mãe e dar mais, talvez. talvez ele goste mais de mim assim.
também aprendeu a gostar de chucha e adormece sozinho. foi encostadinho a mim agarrado a uma chucha velha do zé. zé que hoje chucha no dedo, óptima portanto.
e de repente tenho um santo.
[Leite nan, biberon nuk e chucha avent para os desesperados que como eu quiseram saber de tudo]
8/21/2015
3 anos teus
Xinamen nem dá para acreditar. Passa a correr e ao mesmo tempo aconteceu tanto. O cliché do costume faz sempre falta.
És o meu crescido bebezão. Perguiçoso e asneirento numa combinação que parece impossível. Espertalhão e trapalhão duma só vez. Que adora mimo mas detesta que o agarrem. És uma combinação improvável de coisas espetaculares e nem tão boas. És magnético. Queres todos e todos te querem.
Se me dissessem que ia ser assim não ia acreditar. Tem sido uma das maiores surpresas da vida, uma das melhores. És irresistível.
Contigo tornei-me mais segura, mais crescida, mais mãe e melhor pessoa. Aprendi a esperar e a relativizar. Aprendi que ser pior às vezes é ser melhor. Que também é divertido quando sai tudo ao contrário do esperado. Aprendi a acreditar. Aprendi até a amar melhor.
Há três anos os dois sozinhos na maternidade, e eu estava delirante. Nem dormi bem babada a olhar para ti. Não dava bem para perceber como é que uma coisa tão imperfeita podia ser tão perfeita. E transmitias essa tranquilidade de quem sabe que duma maneira ou de outra vai correr tudo bem. E tem sido sempre assim.
Também há momentos em que me borro de medo e me ponho a procura de mil soluções para problemas que ainda nem existem bem. Mas isso tem passado e hoje aceito bem que a coisa não se vai passar ao mesmo ritmo mas vai tudo acontecer na mesma e está tudo bem assim. Vou aproveitando melhor cada fase, tenho mais tempo de ti mais bebé e mais meu. E vais crescendo. Cheio de mau feitio vais fazendo à tua maneira. cheio dessas caras irresistíveis que fazes. Dizes o que queres dizer e o estritamente necessário para sobreviver e de resto nem queres saber.
Tenho desculpas para quase todos esses atrasos, o não fala porque o pai também só falou aos três ou porque é trapalhão, o não andava porque as terapeutas não queriam e por aí fora. Tudo verdade mas no fundo claro que sabemos que é mais que isso. Que tens três mas parece ter dois e pronto. Não faz mal mas sentes sempre uma necessidade estranha de justificar.
Querido zé ia, o mais importante de tudo na vida é que continues feliz como és, que continues a crescer e sejas educado e que faças a diferença na vida de alguém. Para além da nossa que sem ti já não saberíamos viver.
Parabéns. Adoro-te. E que venham mais 333 cheios de ti.
8/19/2015
zé maria a gosto ou agosto
8/15/2015
Férias em [praia] grande
É assim que chama o Né, é assim que fica.
Únicos netos, únicos sobrinhos. Mais adultos que crianças. Mais mãos que (des)graças.
Avós babados com horas de paciência. Paciência de horas para tudo o que é ciência.
Quatro ou mais tios que chegam cheios de amigos. Todos pegam, todos brincam, todos sabem quem são.
Horas e horas de atenção.
Colos, cavalitas, arrastados e pelos ares. Pirulitos, amonas e megulhos de lançamento.
Quarto só deles e mimo, tanto mimo.
Tios para remates, para pranchas e cobrar beijinhos. E as "tias" que aparecem com eles.
Gelados, bolas e jolas.
Vão com todos, são de todos.
Apaixonados por eles.
Grelhados, jantaradas e muito vinho. Cartadas e muito peixinho. Horas no toma lá dá cá e a paciência do avô.
Pegadas de dinossauros com o tio Lourenço. Cerveja com o tio manel. Natação com o tio nuno. E remates com o tio fico.
E a carmita que não falha com o jantar, nem almoço, nem pequeno almoço para a mãe dormir mais.
Noitadas para uns mais do que para outros e ressacas disso tudo.
A avó para isto, para aquilo e para tudo. A avó que vão acordar logo que abrem a pestana.
A tania arranja companhia, agarra amigos e faz mais novos. Programa de praia, de fim de tarde e de noite. Programas de crescidos. E depois foge mas volta sempre para mais.
Peixe da praça e sardinha assada. Passeios prometidos e quilómetros perdidos. Ver passar o eléctrico mas nunca o conseguir apanhar. Saltar de festa em festa de bifana e e churro na mão. Meteu Quim Barreiros e tirou a asneirada toda cá para fora.
Dias de verão cheios de sol e outros cheios de quase inverno.
Na praia de sempre, a grande e pequena, a que me lembro, a que me conhece, e que já lhes diz qualquer coisa a eles.
8/12/2015
ao terceiro fazes tudo errado
adormecem com luz, na praia, no carrinho ou onde for. acordam descansados e felizes.
comem o que lhes derem e de pequeninos. sopas e leite frio em pequeninos, do biberão que houvesse e se grandes esquisitices. não havia cá cenas de só gosto de maminhas.
gostando menos ou mais de chucha, tinham a deles e acalmavam-se quase sozinhos.
quando começaram a comer, comiam. segui a receita e resultou. sopas e papas e depois sólidos. comiam que se lambiam mesmo sem dentes.
este badocha adormece ao colo, na cama não lhe apetece. não gosta de chucha, nem de biberão. já tentámos de tudo.
come sopa e papa mas sem paixão, faz com que me acorde lá para as 4 da manhã com fome que já não tinha.
pensas o que foi diferente, o que desaprendeste e o que era e não é. com a experiência devíamos aperfeiçoar a cena, se não pensarmos que com 3 à perna fazes o que está mais à mão para controlar o caos e não perdes o tempo que perdias a ensinar como deve ser.
se chora nem pensas e pegas, se tem fome dás e dás quente para que não falhe. se tem sono, fazes de quase tudo para dormir e já só vai de embalo. e depois de trinta minutos em que alguém lhe espeta um biberão sem sucesso, desistes porque não queres que te acorde à noite com fome.
xavi, xavizinho, meu xavichato. não és insuportável mas é o pior dos meus. a vida é dura e tens medo que eu fuja para um dos outros a qualquer minuto, não vai acontecer, prometo. mas vou-te amançar. estou só a avisar.