5/11/2017

sonho de que todos os miúdos tenham um festão

Acordei a pensar em festa, adoro organizar as festas deles. Aquele pretexto perfeito que são os anos deles, ou baptizados ou até crismas. Escolher o sítio, imaginar o bolo, os convites, os acessórios, as surpresas eeee chega o grande dia. 
Praqui e prali a por tudo no sítio, kitar a malta toda e plimmm, magia na cara deles. Toda uma malta de amigos lá para festejar com eles, e saltam e cantam e lambuzam-se em chocolate e chupas até não ser possível colarem mais. 
Os mais velhos deixam de colar mas também se surpreendem nas loucuras das suas idades. Os miúdos que vieram, os jogos da bola, os spots da moda, o que seja.
Acabei a relembrar a festa da Tanica no miradouro de Nossa Senhora do Monte, em que todos da família contribuíram, e acabou num pôr do sol incrível de copo de vinho na mão e turistas a tirar-nos fotos.

Nisto caiu a ficha de que quem não tem mãe e pai presentes acaba por não poder ter nada disto. Porque estas coisas dão um trabalhão e os responsáveis por eles têm asstunos mais prioritários em mãos. Sim porque as vidas complexas têm assuntos prioritários complexos e urgentes, e provavelmente muitas restrições orçamentais. Não podemos mudar isso mas podemos dar-lhes aquilo que podemos que é: um festão de anos.

Com os amigos todos da escola, com balões confetis e uma animação do camander. De tal ordem que a festa deste ou desta miúda pode mesmo ser a mais cool de todos os miúdos da escola. E todos vão querer ir e querer voltar. Viver numa instituição nem sempre os enche de orgulho mas se na instituição lhe fizerem a melhor festa de sempre, até rebentam! não lhes podemos mudar a vida mas podemos dar-lhe aquele dia que se vai lembrar para sempre.

E dai nasceu o sonho. Segunda liguei a uma instituição e terça tivemos a confirmação que todos adoraram a ideia. Vamos arrancar por aqui e em podendo no futuro todos os miúdos deste pais poderão ter uma festa de anos à altura dos seus sonhos (e do que é possível está claro).

Pelo tamanho do sonho podemos ver que precisaremos de todos os que quiserem ajudar. Para já vou pegar em 5/6 e arrancar com o planeamento das duas que já temos em mãos. 5 de julho é a data e faremos de tudo para ver este miúdo feliz.

Obrigada por todo o apoio. Vamos precisar de todos, ainda que nem todos para jaja. Obrigada pela confiança e por sonharem connosco.

Seguimos sonhando, e venham as festarolas




 

5/03/2017

Obrigada Zilian

certo dia recebi um email da Zilian a desafiar para uma sessão fotográfica do dia da mãe. queria muito fazer uma sessão já há um tempo mas publicidade não é muito a nossa cena. Fechei a janela para falar com a tania sobre isso, ela não ia querer e rematava as minhas vontades de sessão em dois tempos, sem ela não fazia de certeza, ou todos ou nenhum. foi na semana em que ela andava a caminho de santiago e por isso tive uns dias de intervalo. 
acho que cheguei a responder à Zilian que teria de esperar por ela, sem ela não faria. depois pensei, mesmo que ela fizesse também como poderia eu fazer uma sessão do dia da mãe sem a minha mãe? é que no fundo ela é a culpada disto tudo. além da cena de que sem ela eu não existia, há o grande feito de que realmente sem ela a minha vida não dava para isto tudo. ajuda-me em tudo. fica com eles doentes para eu trabalhar, traz o zé das terapias, leva todos às vacinas, fica com eles uma noite por semana para dormirmos melhor e enchermos o xavier de mimo e tanto tanto mais que seria impossível descrever assim. não dava para fazer uma sessão do dia da mãe e simplesmente ignorar a sra minha mãe. mas coitados das sras da Zilian, tinham lá eles alguma coisa a ver com isso. mantive a janela do email fechada.

o comboio devolveu-me a tanica e com tempo disse-lhe. disse-lhe que nos tinham convidado mas que não faria sem ela, nem sem a minha mãe e depois havia a coisa da publicidade que não era bem a nossa cena. e ela, iluminada dos kms de caminhos disse:" mas mãe é uma coisa boa e tu querias fazer. eu gosto dos sapatos e tudo". fiquei surpreendida com a resposta na idade em que tudo o que é muita exposição é cocó. confirmei que era isso que ela tinha dito e confirmamos as duas que a fazer seriamos todas.

respondi à Zilian que sim, que gostava muito de alinhar nas fotos, e pedi desculpa por isso, mas só dava se também levasse a minha mãe.

eles alinharam e convidaram-na para a sessão. Obrigada pela paciência e por terem alinhado nesta coisa de levarmos toda uma tribo. Obrigada por saberem que não somos muito de publicidade mas terem insistido e dito até que não precisávamos de escrever nada sobre isto. escrevo porque foram realmente incríveis e as fotos estão mesmo boas Catarina. Obrigada também a ti por isso.

Obrigada minha querida mãe e filha por alinharem nesta aventura boa. os rapazes não tiveram outro remédio, falamos sobre isto aos 18 se ficarem chateados.

























5/01/2017

a história dos dois pauzinhos, na verdade da mulher louca e dos dois riscos

Não era suposto e por isso mesmo até tenho o DIU (too much information I know) mas a verdade é que acontece. Raramente mas eu sou de raridades.

Normalmente começa com umas dores de barriga e tás cansada, o normal, mas desta há qualquer coisa diferente achas tu. Começaste dieta há um mês e a barriga de repente volta a estar gigante, e a tensão baixa e sei lá mais o quê mas a imaginação é fértil. Não queres nada daquilo mas a verdade é que de repente já tás a alucinar a fazer filmes de como foi acontecer e semanas e quase nomes. Se conseguires aquela janela de oportunidade de lucidez talvez consigas dar a volta e voltar ao estado (de loucura) normal, se não tás tramada e não há volta a dar. Talvez seja a isto que chamam gravidez histérica, numa versão para amadores imagino.

A determinada altura começas a tentar passar a alucinação para o pai da criança e ele começa racionalmente a dizer-te que não é possível, homem sensato. Depois, e porque mulher é bicho teimoso, desfazes-lhe a paciência até a um ponto que ele deseja que tudo aquilo seja realmente causa de uma gravidez aguda. Raios estamos os dois minados nesta fase.

Aí volta a racionalidade à mulher insana que teima em que não pode ser e é ridículo mas só consegue imaginar barrigas gigantes cheias de crianças. Ponto final diz ele, vamos comprar  um teste e resolver.
Acontece tudo a horas normais e podias até ter comprado o tal teste no meio das compras do mês e ninguém tinha dado por isso mas não: acabas a ir à farmácia de serviço.

Entras a medo e sussuras que querer um teste de gravidez. Aliança no dedo e idade para ter juízo não parecem ser características visíveis e por isso ainda dás uma achega na conversa com um "pois  não é suposto, e não top de certeza mas sabe como é: é mesmo para tirar as teimas". Não sei se saberá mas a verdade é que se deve estar pouco lidxando, não tem nada a ver com a história quer aviar com um sorriso e siga o próximo, mas tu claro achas que tás em pecado capital e há que justificar.
Escondes o mais que podes e de repente já só pensas em chichi. Família ao barrote no carro e começamos a falar em código tal é o estado de nervos. Páras no primeiro café manhoso e deixas o carro e a família em 4 pistas. Chichi para o pauzinho e arruma a trouxa que o resultado se vê a dois no caminho de volta.

Guardado no fundo do saco seguimos os dois em primeira num estado de nervos de primeiro beijo. Às tantas passam uns minutos e ele sussurra para eu espreitar, espreito e vejo dois riscos. Pânico no estadio: 2 RISCOS. fonix mas isso era grávida ou não? Começo em suores frios e o joka também já com ar sério. Mas tem dias como? Fonix sei lá tem duas, se tivesse só uma era garantido que não tava ora agora duas já não sei mas acho que  quer dizer que sim. Fonix já fiz isto tantas (4) vezes e nunca sei a resposta certa. Em minha defesa não destingo a direita da esquerda anyways aqui é mesmo uma questão de vida ou não vida.

Stop: Onde estão as instruções?
Boa, deixei na tal casa de banho manhosa para não deixar rasto.
Chegamos ao destino, jantar de amigos e um sorrisão amarelo, o teste vai ter de esperar. Ou talvez não fazemos sinais para googlar a coisa. Ele trata do resultado e tu não descolas da expressão, ainda que estejam no meio da multidão.
Minutos depois respiram os dois de alívio, um dos riscos tava pro lado errado. Ufaa. Era bom mas estamos muita bem assim e não está nos planos mais. Abraço e um shot de vinho.
Enquanto me(nos) lembrar(mos) desta não repetimos a graça. Coisa para mais 3/4 anos.
Quanto ao resto é fazer abdominais e investir no bom petisco que isto de bebés só mesmo na loucura.
Raio de susto. E pensar em abrir uma coisa de pauzinhos  de chichi que isto em havendo mais uma malta louca como eu, deve ser um negócio da China.


4/25/2017

Lizinha a pôr todos os corações a bater

A minha lizinha convidou-me para ir com ela à eco conhecer estes babies de perto.
Que honra e que emoção aquele(s) bater(es) de coração(ões).

A partir de amanhã a Lisa começa em slow down. Tem de ser. Vai custar-me te-la de longe mas os açúcares tão altos tá na hora de esticar as pernas.

Hoje depois disso trouxe a Lili conosco para passar o dia num matar de saudades antecipado. Não sendo parte da família são muito perto disso.

Para a substituir achei melhor arranjar alguém que não falasse sequer a mesma língua. Tenho uma dificuldade enorme em não  me envolver na vida delas e se me aparecesse alguém com cenas maradas na vida ia logo começar a querer resolver tudo por isso decidi: é temporário vamos apostar no registo telegráfico. Mensagem para cá, mensagem para cá havemos de nos orientar. 

A martuxa arranjou-me uma ucraniana com um português que mal nós orientavamos sequer para combinar horários. Perfeito era mesmo isso. Ainda que dure a encaminhar as coisas à  distância ia dar para manter à distância emocional necessária. Só que não. A vida dá voltas e na hora que liguei para o combinado tinha percebido errado e já tava noutra. Raio do português.

Segui à referência seguinte, que precisa muito e fala um português perfeito. Raios o precisa muito já me está a chatear é a vós simpática já me fez gostar dela sem sequer a ver. Tou tramada.
São só uns meses até a lisinha voltar. Como diz o Carlão Aguenta-coração.


4/20/2017

Aulas de condução ou lições para pais

Dar as primeiras sopas, deixar no primeiro dia de escola, doenças, vómitos e caganeiras são óptimas lições de parentalidade. Aulas de condução descobri recentemente e digo-vos é  dos capítulos mais exigentes do mestrado.

O exame de condução aproxima-se e, já depois de umas boas 20/30 aulas na escola, sugeres irem dar uma voltinha para tirar os nervos.

Começas logo bem como mãe a dar-lhe as mãos para o volante em completa ilegalidade, mas fizeram o mesmo connosco e pelo bem do ensino arriscas. Zona de chelas para ser calminho, e perto do exame. Zona meio estranha e duvidosa para tudo o que não sejam aulas de condução para principiantes, mas bora nessa. 

Trocas de lugar, afinam os bancos e espelho tudo pronto e toca a assegurar a primeira. Arranca bem mas nervosa, com o movimento quase inexistente de carros. Ok parece-me normal, tranquilizas. Volante ainda volta a medo mas depois de metros em linha reta decides arriscar um cruzamento. O coração dela palpita, e o teu salta tanto mais que parece sair pela boca, mas nada de nervos, tás ali para passar toda uma tranquilidade. Sobressaltos a cada grau de curva e lá entramos nós a fundo do gueto. Bairro meio duvidoso e tu no carro a menos de 20km/h. 

Normal para ela, pânico para ti: esta coisa de teres a tua vida na mão dos outros. Mas está tudo bem e A lição continua. Aguenta subidas, não trava nas descidas e arrisca mais um bairro. 
Ela parece mais calma e segura, eu mantenho a adrenalina a mil. Esta coisa da falta de noção  do perigo traz outro sal à vida, sem dúvida. Na próxima curva já vai a direito e não há nervos em franja- é fazer das tripas coração.

Seguimos devagarinho. Quando os 20km/h são confortáveis e os cruzamentos já se fazem com todas as prioridades, chegamos ao estacionamento em estilo. Explicas, ela tenta, explicas e repete. O ciclo parece não ter fim. no fim acaba estacionado na perfeição, perfeito.

Estar ali ao lado dela, vê-la ter medo, duvidar e até falhar mas manter a postura que está tudo bem. a cadeira do código não foi diferente, acreditar que ela sabia e depois vê-la triste com 4 na lista. voltar a confiar que estava tudo bem e o medo da tristeza dela se voltasse a falhar. depois reparas que afinal não era só deixar voar, era dar colo e explicar como se tratasse da 1ª classe, porque na verdade era: a 1ª classe de condução.

São aulas para pais a nível de mestrado. Que venha a carta de condução para deixar ir (quase com confiança.

4/18/2017

8 anos meu amor


10 se contarmos com o namoro e visto bem nem é imenso, é a nossa conta. Como tinha de ser.

Não foi sempre fácil e houve vezes em que quis desistir, imagino que terás tido as tuas também.

Queixas-te que digo a tudo que sim, queixo-me que dizes a tudo que não. Nenhum dos dois ganha mais, empatamos bem. Temos mau feitio e gostamos os dois de ter razão. Somos teimosos e discutimos por coisas parvas, às vezes vezes sem conta, às vezes de mais. 
No essencial estivemos sempre de acordo à primeira. O que somos hoje é resultado de muito trabalho ou às tantas é só magnético, ou orgânico como gostas de descrever. O que eu gosto mesmo muito é de ti. 
Tenho a certeza que não seria tão feliz com mais ninguém 

Catch me e almoçamos juntos para festejar isto tudo e o que ainda está para vir, deal?


4/15/2017

Pinguinhas e o update familiar

Em 2008, quando a nossa vida era só a 2 e vivíamos a nossa aventura em Moçambique compramos um carro em vigésima mão para nos guiar pelos caminhos esburacados de Maputo e arredores. Apesar de ter problemas diários de bateria, aguentava-se bem e foi um bom companheiro. Na altura chamávamos à nossa carroça moderna de pinguinhas, pelo que gastava e pelo que vertia.

9 anos depois, quiseram as circunstâncias familiares e profissionais que los Amados precisassem duma nova carroça, mas desta vez para 6 pessoas, armas e bagagens. No entanto, as restrições orçamentais não nos deixavam ambicionar muito e dentro das possibilidades, a minha querida mulher e eu tínhamos vontades opostas. Nada levava a crer que discussões pudessem surgir nesta questão, já que eu inocentemente assumia que teria a última palavra como líder da tribo, guardião das questões mecânicas, e condutor oficial da família. No entanto, Rosa Amado, trouxe a baila à necessidade\vontade\paixão irreverente de ter um furgão. Sim, um furgão. Não é a melhor palavra para tal tipo de bólide. Eu chamo-lhes caixões com rodas. Na forma romântica: todos nós adoramos a ideia de passear num pão de forma vintage, remodelado, limpinho, com motor funcional, cheirinho a verão, sem as preocupações de manutenção e acessórios desfuncionais. na vida real chama-se furgão, ou como eu- caixão com rodas.
Após recusar veementemente a ideia, tentei arranjar uma forma de compromisso, que na minha cabeça era uma formalidade de mostrar por a+b que com o nosso orçamento e os argumentos técnicos não haveria tal hipótese. O compromisso era ir ver e analisar possibilidades que estavam no mercado e trazer relatórios verdadeiros e honestos (e na minha esperança interna desanimadores)

1) Desloquei-me a Fátima para a primeira. Carrinha vintage à la equipa de futebol distrital, cor de ovo. Por fora nem parecia mal. Mas mal me sentei no lugar de condutor vieram todos os meus instintos recusar a peça. Puxar a ceninha do ar para ligar o carro, mudanças no volante, motor com barulho de pré-explosão e cheiro a sucata. Arrisco e vou dar uma volta. Volante à camião, que pouco virava, travão que não travava, mudanças que não mudavam. Foram dos 500 metros mais aterradores que fiz, e só fiz uma recta e meia volta (a muito custo). Teste negativo. Ficava cheio de argumentos e a ideia de carrinha furgão começava a evaporar-se. Disse à esposa que só iria ver mais um para dar a prova provada que não haveria condições para satisfazer o seu desejo automecânico de design e pinta superiorizar-se a funcionalidade e conforto.

2) Para a segunda tentativa desloquei-me a Setúbal, na esperança que os ares do Sado fossem mais simpáticos com carrinhas furgão dos anos 80\90. Hélas, a segunda tentativa foi mais desanimadora, porque o carro nem chegou a andar. O maior problema nem era o facto de não ter um pneu. O facto de ter ficado preso dentro do carro durante 5 minutos sem conseguir sair também foi um desafio diferente. Ainda percebi que havia um buraco no chão mas não percebi se isso era positivo ao negativo. Nem vale a pena falar das barras de metal enferrujado ou das portas que não abriam. 

Parecia que finalmente não haveria necessidade para mais argumentos. Ia ser à maneira do senhor Amado e pronto. Uma carrinha de 7 lugares, familiar, já usada, e provavelmente com problemas, mas como dizem os senhores dos Xutos, ou do tio Frank Sinatra, seria à minha maneira!

Mas não foi...

Discussão para aqui, discussão para ali, teria que ser da outra maneira. Engoli o orgulho e fui pesquisar mais e melhor. À terceira foi de vez. É de 2001, tem 200 mil quilómetros, é branca, tem 8 lugares e é um mutante de furgão\ carrinha de jogadores futsal. 
É o que é e o resto é conversa. A Rosa tá feliz da vida com o novo pinguinhas e já pensa como vai pintá~lo e estofá-lo. Eu só penso na explosão do motor quando chegar pela primeira vez aos 100km\h. Mas é a vida. E depois desta vou telefonar ao Miguel Araújo para escrever a sequela dos "maridos das outras" chamada " as mulheres dos outros". E é isto...

Parabéns ao novo membro da familia, o Pinguinhas versão familiar!



4/10/2017

Quinta e última noite

Dia normal. Comeu como nunca e lançou aviões de papel com o Manel.

Fomos passear e andar de baloiço, tinha tudo para correr bem mas deu em choradeira. Duas horas a chorar sem parar só porque estava triste. Cena marada de gerir quando tens mais 3 pequenos meio sem perceber. Tentámos de tudo e o que resultou foi a persistência no colo e no mimo, e a certa altura o mickey também deu uma mãozinha. Muito cansativo, sempre que ficava quase desesperada pensava que gostava que tivessem feito isto e mais pela minha tanica (não faço ideia de fizeram mas quero acreditar que sim) e toca a dar mais uma volta e cantar mais uma lenga-lenga. Agora que penso a parte do cantar podia ser a razão de tudo.

Passadas duas horas acalmou e voltou a brincar como se nada fosse. Aviões, carros, mickeys e tudo mais. Bebeu leite quentinho, comeu uma maça e cama.

Dormiu bem, acordou tranquilo, comeu papa e foi embora. Está agora a ir.

Lições aprendidas:

.Que nenhuma criança deve chorar de tristeza sozinha
.Que somos muito mais fortes do que nos achamos, mas que temos limites.
.Que só é possível fazer isto (no nosso contexto) em equipa: team joão, rosinha e tanica fortíssimos. liza também incrível.
.Que os miúdos aceitam muito bem a fragilidade de quem precisa e ajudam no que podem.
.Que a vida é complicada e não somos ninguém para julgar o tamanho da tristeza do outro.
.Que não vai dar para fazer isto a toda a hora mas que sempre que der vale muito a pena.
.E que há esperança. Há sempre esperança e com amor a coisa acaba sempre por acalmar.


Que sejas muito feliz Martim. 
Lembro-me semanalmente de todos os miúdos com quem fiquei ainda que só 2 dias, lembro-me com alegria e espero que estejam encaminhados, contigo não vai ser diferente. somos amigos pra vida


4/09/2017

Quarto dia que acaba em pico



Bem, melhor e depois chorão. Alguma coisa era de certeza, podia não ser nada físico, tinha todas as razões para não ser: mas era.
38 de febre e depois 39.
Responsabilidade de um mini ser de que pouco conhecemos para avaliar sinais. Comia, bebia mas estava chorão.
Toca de ligar a quem de direito e lá fomos a uma visitinha à Estefânia só para garantir.
Jantar nos corredores amêndoas da receita e vir receitada de que era só uma mini virose.

Ufa. Que bom para ele que bom para nós. Podemos entretanto ser todos levados atrás disso mas que se lixe para já continuamos só levados pela emoção.

Cansados, muito cansados, de tantos para socorrer e de colos a abarrotar. Mas contentes por poder dar quase tudo o que ele precisa agora. O resto esperemos que a vida lhe traga porque merece muito. Demais.

4/08/2017

A terceira noite é de seguida e quando acorda já sabe onde está

Na terceira noite olha acorda, olha para o lado e já não estranha. 

Continua a precisar de muito mimo e colo mas já sabe os lugares das coisas. Pede água, bolachas e já sabemos que de tudo prefere arroz. 

Gosta de carros, bolas menos e adora o mickey. Viciado em videos do telemóvel mas Não os vê mais que 3 segundos. Um mundo novo para os meus que ficam fascinados e ao mesmo tempo irritados de os tar sempre a saltar. [Apesar de não  ser a favor aqui não se mudam manias e por isso usamos o telefone se tiver muito triste] Não tem grande amor a banho e dá banhada a quem o contrariar mas tudo bem.

Veste as roupas do Xavi para facilitar e adora ver-se quitado. Não usa chucha e não gosta de biberon, a coisa evolui para nível 2 mas vou às lições aprendidas de Xavi e resolvemos.

No terceiro dia enchemo-nos de cremes e cheiros novos que depois leva consigo para a nova fase. Vai mudar muita coisa mas que o conforto dos cheiros fique, pelo menos até ao fim do pacote. Obrigada por isso Uriage.